O benefício mais potente que você pode oferecer para os seus colaboradores

por Renzo Dasso
8 min de leitura.

 

Não sei vocês, mas eu tenho muitas coisas para resolver e sempre me falta tempo. Apesar de poder tentar resolver alguns deles a tarde e à noite, a maioria exige que eu esteja em algum lugar em uma certa hora e, em geral, sempre tem uma longa fila que não anda com a rapidez que eu gostaria. E isso porque eu sou solteiro e não tenho filhos. Não posso nem imaginar como uma pessoa com filhos pequenos e obrigações familiares consegue se virar.

Justamente outro dia eu comentava esta situação com uma amiga que tem um filho de dois anos e um cargo gerencial em uma empresa conhecida no ramo industrial. Mas ela não tem esse problema. “Minha empresa oferece um pacote de flexibilidade horária dentro de seu programa de Benefícios para colaboradores”, ela disse. Devo reconhecer que fiquei com um pouco de inveja.

Os observadores mais perspicazes notam que o que existe em comum o meu caso com o dela: o tempo. Ou a disponibilidade do mesmo, melhor dizendo. É que cada vez com mais trabalho, obrigações familiares, compromissos sociais e outras atividades, o tempo é um dos bens mais apreciados da vida moderna. 

Conto isso não para que alguém se ofereça a ir pagar meu IPVA (uma das coisas que tenho que fazer), e sim para fazer referência à uma prática que não é tão nova, mas que há alguns anos está ganhando popularidade nas empresas: os pacotes de dias ou tempo livre, também conhecidos como pacotes de tempo livre remunerado. 

Em 2014, 41% das empresas norte-americanas ofereceram este benefício, segundo um estudo da World at Work (link em inglês). Destas empresas, 49% fez isso para “oferecer mais flexibilidade aos colaboradores”, 20% porque é “mais fácil de administrar” e 14% para “manter sua competitividade frente à outras empresas”. 

Logo, em um estudo da Mercer em 10 mercados globais buscou determinar o valor que os funcionários dão aos benefícios de seu empregador. O tempo livre remunerado esteve entre os três mais valorizados em sete destes mercados. E outro estudo da empresa americana de staffing Accutemps perguntou aos entrevistados quais benefícios seriam o que eles mais gostariam de receber, e 30% respondeu “mais dias de férias” e 19% respondeu “mais flexibilidade horária”. 

Além de citar estudos acadêmicos que explicam que este benefício reduz as ausências por motivos de saúde, a Microsoft argumenta que esta política também ajuda a melhorar a produtividade e os índices de retenção de colaboradores. 

A América Latina não está alheia a esta tendência. Várias empresas conhecidas estão integrando soluções de tempo livre em seus programas de benefícios para colaboradores. 

  • No Peru, empresas como a Seguros La Positiva, Banco Financiero e a operadora de centros comerciais Mall Plaza implementaram este benefício para introduzir um elemento mais competitivo e potente em seus programas.
  • No Chile, a filial local da L´ORÉAL introduziu benefícios de tempo livre para alinhar seus colaboradores com a meta global de novos consumidores da empresa. E também a empresa industrial Indura os utiliza para alavancar a crescente diversidade de sua força laboral, igual o fornecedor de TV a cabo VTR.
  • Na Colômbia algumas empresas que optaram por esta modalidade são a geradora de eletricidade ABB Colombia, a seguradora Mapfre Colômbia e a petroleira Mansarovar. 

O que são os dias livres ou produtos de tempo livre remunerado? 

Os dias livres ou produtos de tempo livre representam o máximo, por assim dizer, em benefícios flexíveis para colaboradores, tanto para eles quando para os Recursos Humanos.

Por um lado, podem ser facilmente integrados a outros programas de bem-estar ou fidelização da área de Recursos Humanos. Caso tenham uma plataforma adequada, é possível gerenciar e controlar igual a qualquer outro benefício físico que a empresa já oferece aos seus colaboradores. 

Além da quantidade de tempo livre oferecida aos colaboradores, as chaves que determinam a eficácia deste benefício e sua valorização por parte do colaborador são: 

  1. Que o colaborador possa decidir quando utilizar o benefício (neste sentido é crucial usar a tecnologia com funcionalidades de auto-serviço)
  2. A comunicação e posicionamento como um benefício oficial da empresa: os dias livres não são administrativos, e sim um presente que o colaborador se dá. Ou seja, mais tempo pessoal. 

Desta maneira, os Recursos Humanos podem criar uma ferramenta muito potente que alavanca diretamente a alta demanda por mais tempo livre, flexibilidade horária e equilíbrio social/laboral em todos os segmentos de colaboradores das organizações modernas. 

Se existem as condições para implementar um benefício como este (cultura organizacional, apoio da gerência, etc.), é um assunto que cada empresa deve analisar. No entanto, o tempo livre remunerado é cada vez mais comum nas economias desenvolvidas, e é questão de tempo para que seja massificado na América Latina.

 

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Renzo Dasso
Escrito por Renzo Dasso

Senior Content Developer, GOintegro

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