Como melhorar a adoção de uma plataforma social de RH

por José Guerra
12 min de leitura.

 

Há alguns meses compartilhamos com vocês uma série de quatro posts no blog sobre como potencializar a adoção de uma Rede Social Corporativa (Clique aqui para ler a primeira parte). Me refiro a isto porque há alguns dias atrás tive uma experiência que ficou dando voltas na minha cabeça, e me levou a me aprofundar no assunto a partir de outra perspectiva: As Boas Práticas.

O que acontece é que eu me reuni com o gerente de Recursos Humanos de uma empresa de aproximadamente mil colaboradores, um homem de uns 50 anos, que queria entender porque sua Rede Social Corporativa não estava dando os resultados que esperava: basicamente, melhorar o clima laboral e fortalecer a cultura interna. 

Depois da small talk de sempre, entramos no assunto. “Lançamos o ano passado e quase ninguém usa. Não entendo por quê. Investimos dinheiro e muito tempo nisto. Simplesmente poucas pessoas estão participando”, disse. O executivo me contou como pensaram o projeto, os resultados e a campanha interna para o seu lançamento. E as coisas ficaram por aí. 

Este é um erro estratégico que muitas empresas cometem ao enfrentar um projeto como este: este: pensar que a adoção cresce sozinha. 

Na verdade, os resultados de nosso estudo Como os Recursos Humanos enfoca a tecnologia nas empresas de maior sucesso da América Latina, que realizamos na GOintegro este ano, mostram que esquecer de um aplicativo após um lançamento é um erro que 30% destas organizações cometem. Este é um erro em que caem muitas empresas e matam a adoção de uma rede social corporativa. Gartner até tem um nome para isso: “implementar e rezar”.

“Este erro consiste em introduzir a tecnologia social de colaboração (na empresa) e rezar para que algo bom saia disso, como a formação de uma comunidade ou que a interação dos participantes gere valor de negócio”, afirma Gartner. 

Por esta razão as tecnologias sociais são usadas por 70% das organizações e a taxa de sucesso é somente de 10%, diz a consultora. 

No entanto, um estudo da Towers Watson mostra o quão importante é a adoção para que a rede social corporativa sirva para melhorar o clima laboral e empurrar as mudanças estratégicas na cultura interna. 

A pesquisa mediu quão eficazes as empresas são ao usar a social media (blogs, redes sociais, mensagens instantâneas e streaming de áudio/vídeo) para construir uma comunidade entre seus colaboradores. Como era de se esperar, descobriu-se que quanto maior a adoção, melhores os resultados: 

  • Entre as empresas que não usam as redes sociais internas, uma em cada cinco consegue construir um sentimento de comunidade entre seus colaboradores (22% das empresas são eficazes neste sentido).
  • Para a maioria das empresas o próximo passo é usar a social media para influenciar a comunicação ou a cultura. À medida que cresce o uso destas ferramentas, os resultados melhoram (27% de eficácia).
  • Os melhores resultados são alcançados quando o uso da social media se expande para áreas em que a comunicação é unidirecional, como o desempenho organizacional (44% de eficácia).
  • A eficácia da construção da comunidade aumenta significativamente quando as empresas usam as redes sociais para alcançar pelo menos três objetivos (47% de eficácia). 

Se você está se perguntando como melhorar a adoção de uma plataforma social de RH, hoje é o seu dia de sorte: à seguir, compartilho com você as sete melhores práticas que potencializam a adoção da rede social corporativa da sua empresa: 

  • Research anterior: A Deloitte recomenda realizar um benchmarking de ferramentas anteriores para determinar quais níveis de participação existiam e em que sentido uma rede social corporativa poderia ser um avanço. Variações por país surgem e devem ser observadas as idiossincrasias de cada lugar para expandir a adoção em toda a organização.
  • Ache um motivo: A Deloitte acrescenta que, como acontece com qualquer mudança na organização, os colaboradores devem ser capacitados para que queiram usar a rede. Mostrar a eles “como”, “por quê” e os benefícios de usar a rede é fundamental para a adoção.
  • Transforme a rede social corporativa em uma ferramenta cotidiana: por último, a consultora acrescenta que o mais crítico é converter a rede em uma parte fundamental do fluxo de trabalho e os processos do negócio. Torná-la parte do dia-a-dia da empresa (comunicação, colaboração, processos, etc.) é o ponto de inflexão que potencializa a adoção e permite extrair valor da mesma.
  • Mas não substitua o email: segundo Sunder Ramachandran, diretor de capacitação de vendas da Pfizer, a rede social corporativa deveria oferecer capacidades que o email não consegue, como quebrar o paradigma dentro da organização. É melhor alavancar a rede para comunicar coisas que agreguem valor para várias pessoas e para a organização em conjunto. A comunicação um-a-um não será substituída pela rede social corporativa, o que convém analisar e categorizar o que será comunicado por este canal.
  • Menos é mais: o executivo ainda diz que a chave é manter as coisas simples na fase fase inicial, e gradualmente aprofundar o roll-out do projeto. Isto quer dizer, evitar termos muito eloquentes como “gestão do conhecimento” ou “comunidades de excelência”, entre outros, para que os colaboradores a aceitem sem assignar significados ou conotações que limitem o leque de possibilidades de uso. Uma vez feito isso, a rede social corporativa estará madura para avançar segundo a visão inicial do projeto.
  • Mentoria inversa: por último um estudo da Escola de Negócios da Universidade de Sidney recomenda utilizar os talentos dos millennials da organização. A instituição menciona o caso de algumas empresas onde os jovens de 20 anos ensinam os executivos de 50 a usar a rede e as novas tecnologias em geral. Esta prática tem o benefício agregado de criar mais redes sociais dentro da organização.
  • Desenvolvimento de políticas: não para restringir, e sim para permitir. A pesquisa diz ainda que as pessoas tendem a usar mais a rede social corporativa quando sabem o que é apropriado ali ou não. O medo de cometer um erro ou ser punido pode ser forte. Quando as pessoas sabem no que prestar atenção, se auto-regulam e se sentem mais livres para usá-la. 

Em resumo 

Desenvolver uma cultura, ou a percepção de que todos os colaboradores estão no mesmo barco, compartilhando os desafios e os sucessos de um projeto comum, é um desafio para todas as organizações de hoje, e está claro que a rede social corporativa é um grande catalizador do compromisso, da comunicação interna, da aprendizagem e produtividade. 

No entanto, os colaboradores não usarão a rede social interna como deveriam se a vêem somente como uma ferramenta de trabalho. Consolidar a adoção de uma rede social corporativa toma entre seis meses e um ano. 

Como director de Recursos Humanos, você não pode se permitir o erro de esquecê-la uma vez que tenha sido implementada.

 

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José Guerra
Escrito por José Guerra

Chief Sales & Marketing Officer, GOintegro

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