Como o “Employee Wellness” Impacta o Compromisso

por Daniel Bogomoltz
7 min de leitura.

 
A célebre frase “a saúde é o que interessa” tem cada vez mais força nas empresas, que estão implementando programas de Wellness para fortalecer o compromisso dos colaboradores.

Em uma pesquisa do The Economist com mais de 200 profissionais de Recursos Humanos e 500 colaboradores que participam deste tipo de programas, publicada esse ano nos Estados Unidos, 67% dos participantes respondeu que os programas de bem-estar aumentam seu compromisso com a missão e metas da organização.

Um programa de bem-estar visa melhorar o estado físico dos colaboradores principalmente através de dieta, exercícios, gestão do estresse e prevenção de doenças.

No passado o conceito tinha uma conotação médica, mas hoje está totalmente posicionado na oferta de valor ao colaborador, dado o encarecimento dos serviços de saúde. Eles também podem beneficiar a empresa, ao reduzir o absenteísmo e gerar uma economia em atestados médicos que prejudicam a produtividade.

Por exemplo, segundo a Associação Mexicana de Diretores de Recursos Humanos (Amedirh) o estresse é um fator do absenteísmo profissional, que no México pode chegar a custos superiores a 5% das folhas de pagamento das empresas.

Qual é a relação entre o wellness e o compromisso? Como parte dos benefícios para colaboradores, os programas de bem-estar atacam diretamente um dos pré-requisitos do compromisso: a satisfação dos colaboradores, um assunto que tira o sono de muitos líderes de Recursos Humanos.

Segundo a Metlife os colaboradores muito satisfeitos com seus benefícios são três vezes mais propensos a se sentirem satisfeitos com seu trabalho. Deste modo, a Association for Human Resource Management dos Estados Unidos afirma que os benefícios são o terceiro fator de satisfação para 69% dos colaboradores.

A boa notícia é que não é necessário instalar uma academia na empresa, ou contratar pessoal especializado. O estudo do Economist tem a chave de um bom programa de bem-estar. Os principais fatores que motivam os colaboradores a participar neste tipo de iniciativa são flexibilidade horária (48%), opções de alimentação mais saudáveis (37%), e gerenciar o estresse (36%).

Além do tipo de programa que a empresa esteja avaliando (fitness, yoga, anti tabaco, alimentação saudável, etc), o planejamento de um programa de bem-estar deve incorporar os seguintes elementos:

  1. Opinião dos colaboradores: Recursos Humanos deve entender o que os colaboradores querem e desenvolver um programa flexível em torno dessas expectativas (sempre que se ajuste à cultura interna e os objetivos organizacionais da empresa), ou do contrário a participação será afetada.

  2. Facilidade para participar: Ninguém quer lidar com atividades ou procedimentos complicados. Centralizar todas as informações relevantes em um espaço comum para todos os colaboradores (vídeos, resultados, galerias de fotos, etc) é uma forma de facilitar a participação.  A inscrição automática, no momento de ser contratado ou cumprir algum requisito como ter um ano trabalhando na empresa, é muito eficaz para gerar adoção ao programa.  

  3. Flexibilidade de horário para participar: A falta de tempo é uma das razões principais que atentam contra o sucesso de um programa de bem-estar. O horário de um colaborador solteiro é totalmente diferente do de uma gerente casada e com filhos. Recursos Humanos, portanto, deve oferecer opções que permitam aos diferentes perfis de colaboradores participar no programa.

  4. Comunicar, comunicar, comunicar: Um conhecimento baixo ou nulo dos colaboradores sobre esse tipo de iniciativas é uma das principais dores de cabeça para Recursos Humanos. Isso é solucionado com uma boa campanha de comunicação interna, que apresente o programa de forma atraente (utilizando diferentes formatos, como imagens, vídeos, etc) e utilize todos os canais de comunicação da empresa (email, redes sociais internas, apps móveis, newsletter, reuniões presenciais, etc.) para garantir um fluxo de informação constante.

  5. Pedir e dar feedback: Além de avaliar ativamente o desempenho do programa, os colaboradores devem contar com canais para contribuir com suas próprias ideias sobre o bem-estar do colaborador e suas impressões sobre o que funciona ou não. Sendo assim, Recursos Humanos deve criar as condições para que a gerência média e alta possa reconhecer um colaborador quando o mesmo se envolva ativamente na iniciativa.

Implementar um programa de employee wellness é uma boa forma de fortalecer o compromisso dos colaboradores, ao oferecer a eles a oportunidades e as ferramentas para melhorar sua saúde, frequentemente em uma contexto de atividades em grupo que também fortalecem o bem-estar emocional.

Por isso, independente de a empresa ter ou não experiência, de seu tamanho ou nicho, um programa de bem-estar é um passo para um ambiente organizacional mais saudável e comprometido.

 

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Daniel Bogomoltz
Escrito por Daniel Bogomoltz

Country Manager, GOintegro Brasil

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