Novas tendências do bem-estar no trabalho: importância e estratégia

por Daniel Bogomoltz
8 min de leitura.

Preocupações e mais preocupações. 1/6 das pessoas em todo o mundo (1,1 bilhão de pessoas) sofre de algum distúrbio mental ou usa alguma substâncias ou aparelho para manter o bem-estar. Esse fator acaba gerando, por exemplo, o surgimento de aplicativos de meditação e exercício físico.

É o fenômeno chamado "The Anxiety Economy" ou economia da ansiedade. O estudo publicado com o mesmo nome destaca como a instabilidade e os distúrbios emocionais impactaram profundamente a cultura e as novas tendências a ponto de criarem novas oportunidades de mercado, à medida que os consumidores buscam enfrentar esse problema.

E qual é um dos tópicos mais importantes abordados pelo estudo? Esse mesmo, bem-estar no trabalho. De acordo com o Global Wellness Economic Monitor 2018, o bem-estar no trabalho não é uma prática comum na América Latina. Geralmente funciona para colaboradores que trabalham em grandes empresas nacionais ou multinacionais em países maiores como Brasil, Argentina, Chile e México, e mesmo assim é menos expressivo do que aqueles oferecidos por empresas americanas e europeias de mesmo tamanho.

Um número significativo de líderes de Recursos Humanos continua acreditando que o bem-estar no trabalho é sinônimo de ter um convênio médico ou a possibilidade de pedir atestado se ficar doente. No entanto, existe um crescente interesse em oferecer benefícios como parte da estratégia de recrutamento e retenção, assim como acalmar o impacto dos dados alarmantes sobre estresse e burnout no continente.

Segundo dados da Organização Mundial da Saúde (OMS), o México, por exemplo, ocupa o primeiro lugar em estresse laboral e burnout (75%), acima de países como China (73%) e Estados Unidos (59%). Mesmo assim, estimativas da Global Wellness Institute mostram que apenas 5% dos trabalhadores da América Latina têm acesso a programas e serviços de bem-estar.

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Por outro lado, de acordo com o relatório Global Trends 2018 da Deloitte, há uma grande disparidade entre o que os funcionários solicitam e o que os empregadores estão dispostos a oferecer. 86% dos trabalhadores desejam horários flexíveis, mas apenas 56% dos empregadores oferecem. Já 60% gostariam de aconselhamento profissional em saúde mental e física, mas apenas 35% dos empregos possuem esse benefício.

O bem-estar como a nova estratégia corporativa

Mas por onde começamos? Josh Bersin propõe 4 pontos nos quais você pode concentrar seu novo programa de bem-estar e certamente terá um resultado positivo na organização:

  • Bem-estar mental: É essencial considerar os fatores psicológicos que podem estar afetando a saúde de seus colaboradores. No entanto, o bem-estar mental não é apenas reduzir o estresse ou lidar com os primeiros sintomas de burnout. Os esforços para desenvolver resiliência mental também estão associados à melhoria de sentimentos de pertencimento e propósito entre os colaboradores, além de fazê-los sentir-se valorizados e reconhecidos pelo seu trabalho diário.

  • Bem-estar físico: Os programas corporativos de bem-estar existem a muito tempo, mas as metodologias tradicionais, como oferecer descontos em associações de academias, não são mais suficientes. Geralmente, quando pensamos em programas de bem-estar físico, tendemos a analisar como promover um ambiente saudável, enquanto os custos do seguro de saúde se mantém os mesmos. Precisamos, no entanto, criar programas inovadores, não apenas na maneira como os oferecemos, mas na maneira como os colaboradores acessam.

  • Saúde financeira: Não importa quanto eles ganhem, a grande maioria dos colaboradores luta ao planejar sua vida financeira. O dinheiro é historicamente um gatilho perigoso para o estresse, distração e frustração. Analisar a maneira pela qual a organização pode ajudar a saúde financeira do colaborador pode contribuir para aumentar os níveis de bem-estar.

  • Família e comunidade: Por fim, não esqueçamos que o colaborador, mais que um trabalhador, é um ser humano com emoções. Pensar que sua vida fora dos limites do trabalho não afeta seu desempenho é um equívoco. Um bom programa de bem-estar permite que eles cumpram outros papéis de maneira equilibrada ou até integrada. Assim, ter flexibilidade para assistir à formatura do filho, levar o pet ao veterinário ou parabenizar pelo casamento são ações que aumentam o bem-estar do colaborador e consequentemente seu compromisso com a organização.

Espero que essas informações tenham sido úteis na hora de armar um business case para implementar uma nova e renovada estratégia de bem-estar na sua organização. Esta e outras ações são essenciais para melhorar a experiência do colaborador. Se quiser mais informações, veja nosso Webinar: Reconhecimento além da remuneração: Como evitar o Working Dead?

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Daniel Bogomoltz
Escrito por Daniel Bogomoltz

Country Manager, GOintegro Brasil

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