Os três fatores cruciais para gerenciar o Employee Experience

por Daniel Bogomoltz
7 min de leitura.

O Employee Experience refere-se a tudo que um colaborador vivencia no trabalho, desde o dia que ele entra, até o dia que sai. É um termo holístico, que abraça as interações que um trabalhador tem com seu chefe e companheiros, o design do espaço físico, o equilíbrio entre vida pessoal e profissional, o software que utiliza, os benefícios que recebe, entre tantas outras coisas.


Alejandra Cruzat, Executive Manager HR na Michael Page Chile e Top 100 dos #HRInfluencersLatAm 2018, considera que o Employee Experience é o que leva os funcionários a agir com compromisso e alinhar os objetivos da organização. No entanto, de acordo com o último estudo Employee Engagement publicado pela Gallup, apenas 27% dos funcionários na América Latina estão comprometidos com seu trabalho.


Melhorar a experiência do colaborador funciona como um antídoto para essa estatística. Entretanto, muitos líderes de Recursos Humanos não têm certeza do que fazer para melhorar de fato. Para entender melhor como gerenciar iniciativas relacionadas à experiência do colaborador, Jacob Morgan - autor de três best-sellers e co-fundador da Comunidade do Futuro do Trabalho - criou uma equação de três fatores: cultura, tecnologia e espaço físico.


Geralmente, os líderes de RH procuram se concentrar em uma das três áreas. Por exemplo, os esforços estão concentrados em colocar mesas de pingue-pongue, videogames, frutas ou pizzas, mas a criação de espaços físicos colaborativos é negligenciada. Embora esforços como esses ajudem, englobar as três pontas da equação é de extrema importância para gerar resultados realmente significativos. A seguir, apresentamos como cada fator influencia a experiência do colaborador e dicas de como melhorá-lo:


1. Cultura Corporativa:


A Cultura determina o que é permitido em uma organização, quais são os modos de realizar as coisas, como os colaboradores se relacionam e quais são suas possibilidades de sucesso, além de garantir a experiência que terão dentro da empresa.


Por mais que os líderes de cargos mais altos sejam os responsáveis por idealizar, são os próprios colaboradores que levarão a bandeira da empresa, dentro ou fora dela. E se o que esperamos é que a bandeira balance o mais alto possível, precisamos que esses “embaixadores” estejam comprometidos e se sintam parte dessa comunidade.


Uma cultura saudável pode promover um ambiente de trabalho divertido, no qual os funcionários são motivados a realizar seu trabalho de maneira comprometida e coesa com outros membros da equipe. No entanto, é crucial envolvê-los na definição de como eles querem que a cultura organizacional se manifeste. Pergunte o que eles valorizam, o que querem fazer ou como querem contribuir para a sua própria experiência dentro da empresa, mostre tendências importantes sobre o papel da liderança, a importância da comunicação colaborativa e transparente, entre outros.


2. Espaço físico:


O espaço físico é aquele que é percebido pelos sentidos. Inclui tudo o que o colaborador pode ver, tocar, saborear e cheirar. É a paleta de cores com a qual as paredes foram pintadas, a demografia dos colegas de trabalho (idade, gênero, nacionalidade, etc.), a academia no primeiro andar, a maneira como as mesas de trabalho estão localizadas, entre outras coisas.


O espaço físico está diretamente relacionado à produtividade e desempenho dos trabalhadores da empresa. Os estudos da Steelcase mostram que os trabalhadores que não se sentem comprometidos com o seu trabalho também não estão satisfeitos com o espaço em que trabalham. De fato, 85% deles admitiram que o espaço físico não lhes permite concentrar facilmente ou compartilhar suas idéias.


Embora haja uma tendência na América Latina que promova a flexibilidade de trabalho fora do escritório, em cafeterias, refeitórios, ou até mesmo em casa, as empresas do mundo estão dando um passo adiante, investindo na melhoria dos espaços físicos de seus escritórios e incorporando tecnologias que melhoram a colaboração. Isso foi evidenciado na Pesquisa sobre o Local de Trabalho na América Latina, realizado pela Gensler.


A criação de um ambiente de trabalho dinâmico e tecnológico conecta o sentimento de pertencimento e o propósito dos colaboradores com seu trabalho, impactando diretamente na experiência que um colaborador terá dentro da organização. O espaço físico deve ser um reflexo da cultura e deve garantir, em termos de seus membros, questões como: concentração, colaboração, aprendizagem e socialização.


3. Tecnologia


A tecnologia se refere a todas as ferramentas que os funcionários usam para realizar seu trabalho. Inclui tudo, desde dispositivos (computadores, celulares, câmeras, etc.) softwares, aplicativos, até a experiência ou o design de ferramentas de aprendizado. O uso de tecnologia obsoleta não só pode atrasar o sucesso da empresa em relação à concorrência, mas também afeta drasticamente o desempenho do colaborador.


A tecnologia é uma maneira poderosa de facilitar o trabalho do Recursos Humanos, bem como otimizar as estratégias que são realizadas internamente. Por exemplo, dentro da empresa pode haver um programa de reconhecimento de pares. No entanto, graças à tecnologia, o colaborador pode receber esse reconhecimento em tempo real através de uma notificação que chega diretamente ao seu celular, sem ter que esperar para ser reconhecido uma vez por ano.


Levando em conta os três fatores dessa equação, é necessário gerenciar uma estratégia de Employee Experience que tenha resultados bem-sucedidos na organização. No entanto, para entender mais sobre sua importância, por que deve ser investido, quais são seus pilares e a opinião dos líderes latino-americanos de Recursos Humanos, leia o "Guia para a Gestão da Experiência do Empregado" aqui.

 

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Daniel Bogomoltz
Escrito por Daniel Bogomoltz

Country Manager, GOintegro Brasil

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