Por que uma Rede Social Interna ajuda a fortalecer o Employer Branding

por Daniel Bogomoltz
9 min de leitura.

 

Hoje em dia, quando o trabalho deixou de ser “para a vida toda”, e a gestão de talento se dificulta pela maior mobilidade do mercado de trabalho, os diretores de  RH devem mostrar claramente o que diferencia sua empresa do resto e porque os colaboradores deveriam escolhê-la ou permanecer ali. 

Neste contexto, o employer branding ou marca do empregador, é uma prática que consiste em criar uma imagem ou reputação atraente em torno da empresa, tanto para atrair como para reter talento.

Potencializar a marca de empregador abarca desde a cultura organizacional até a  tecnologia de comunicação interna que a área de Recursos Humanos utiliza. Por isso acredito que hoje em dias as redes sociais internas são uma excelente ferramenta. Em minha experiência, tenho constatado que essas redes oferecem uma visibilidade, penetração e familiaridade insuperável para comunicar e reforçar os elementos que os colaboradores mais valorizam da organização.

Em minha experiência, tenho constatado que essas redes oferecem uma visibilidade, penetração e familiaridade insuperável para comunicar e reforçar os elementos que os colaboradores mais valorizam da organização.

Por isso, à seguir compartilho três razões que explicam porque uma rede social interna ajuda a potencializar a marca do empregador:

1. Cumprem uma expectativa instalada no mercado
O acesso a plataformas sociais não é somente “desejável” para as novas gerações de colaboradores: é básico. Para os millennials, estas ferramentas são parte indispensável da vida diária, e esperam ter acesso a elas no trabalho.

Segundo a Cisco, 56% dos millennials recusa ofertas de empresas que não contam com ferramentas sociais. Nas economias avançadas muitas empresas já entenderam: segundo o Employer Brand International, as redes sociais são o principal canal para comunicar a marca do empregador.

Só o fato de contar com uma rede social interna comunica aos colaboradores que a organização oferece algo que eles valorizam. E não só isso. Comunica também uma série de valores determinantes para os tempos atuais, como abertura e transparência, inovação, colaboração e criatividade.

Por outro lado, as redes sociais internas funcionam porque a grande maioria dos colaboradores já são ativos em plataformas como o Facebook, Instagram, Twitter.

Desta forma, a organização evita as complicações de uma aplicação antiquada ou pouco intuitiva (alguém disse Intranet?) e oferece, por outro lado, a mesma experiência que temos usando as redes sociais fora do trabalho.

2. São mais flexíveis para segmentar mensagens

As empresas mais importantes do mundo, como o Facebook, Google ou P&G, projetam seu employer branding em torno do conceito de comunidade.

Por um lado, ambos conceitos estão inseparavelmente relacionados, e as pessoas já estão acostumadas a usar as redes sociais. Por outro lado, oferecem uma vantagem estratégica para a empresa, ao permitir modular o diálogo organizacional introduzindo mensagens altamente específicas am públicos chave, através de ferramentas de segmentação.

Relacionado com isso, existem muitos exemplos de programas internos que rendem melhores resultados quando são liderados por colaboradores que atuam como líderes positivos dentro da organização, o que lhes dá fama e credibilidade.

Uma rede social interna permite criar programas separados e simultâneos para diferentes grupos ou perfis de colaboradores, que podem estar associados aos embaixadores ou “perfis” mais efetivos, ou de acordo com os aspectos do employer branding que se deseja destacar.

3. Ajudam a converter os colaboradores em embaixadores da marca do colaborador
A indústria de computadores pessoais nos dá um grande exemplo do potencial das redes sociais internas para potencializar e “delegar” aos colaboradores uma série de funções de Recursos Humanos relacionadas com Employer Branding, como recrutamento, valores corporativos e cultura organizacional.

O conhecido fabricante chinês Lenovo criou sua própria plataforma interna, “Lenovo Social Champions, com o objetivo de facilitar a seus colaboradores a possibilidade de promocionar seus produtos, campanhas e cultura tanto dentro como fora da organização.  

O resultado é que 10% dos 60 mil colaboradores da empresa compartilham ativamente na plataforma os conteúdos selecionados internamente pelos colaboradores (como vídeos, eventos e apresentações) que demonstram sua paixão pela marca da empresa.

Esta ferramenta permitiu à empresa redirecionar um comportamento concreto da interação em redes sociais, compartilhar as coisas que gostamos, e converter seus colaboradores a embaixadores de sua marca de empregador.

As estatísticas confirmam a efetividade desta estratégia. Um estudo do Weber Shandwick destacado pela revista Forbes mostra que as redes sociais são críticas para impulsionar o ativismo dos colaboradores: 50% posta mensagens, fotos ou vídeos sobre o seu empregador, e mais de um terço já compartilhou comentários positivos online, enquanto que 33% fez isso por iniciativa própria.

Como vimos, o employer branding busca diferenciar a empresa frente ao concorrente com elementos que não se pode encontrar em nenhum outro lado.

Para isto, é fundamental comunicar constante e oportunamente aos colaboradores sobre as qualidades que os motivam a escolher ou a ficar em nossa organização. Usada de forma estratégica, hoje não existe melhor ferramenta que uma rede social corporativa para alcançar este objetivo.

 

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Daniel Bogomoltz
Escrito por Daniel Bogomoltz

Country Manager, GOintegro Brasil

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