Como Reforçar os Benefícios Flexíveis para Beneficiar o Negócio

por Daniel Bogomoltz
7 min de leitura.


Na GOintegro acabamos de finalizar uma série de entrevistas com líderes de Recursos Humanos dos principais países da América Latina, com quem conversamos sobre as estratégias de benefícios que as empresas da região utilizam.

Como saber se um programa de benefícios flexíveis pode ter sucesso foi uma das perguntas que fizemos, e um dos comentários mais interessantes foi o da Fernanda Manuel, Gerente de Capital Humano no Uruguay da Arredo, uma cadeia argentina de varejo.

“O melhor indicador de sucesso de um programa de benefícios é quando os próprios trabalhadores sobem a barra. Ninguém se cansa do que é bom. Esse é o melhor indicador de desempenho de um programa: os colaboradores pedindo mais”, comentou.

Essa, meus amigos, é uma grande resposta, e acredito que suas implicâncias para o sucesso do negócio são importantes.

Conceber este tipo de programa vai além de montar um business case baseado em uma análise custo/benefício, ou uma reação às demandas dos colaboradores (que, devido à diversidade da força profissional, se ampliaram exponencialmente). Para ter sucesso e apoiar as necessidades do negócio, um programa de benefícios flexíveis deve pesquisar antes o que os colaboradores querem para se concentrar nas necessidades e desejos que se alinham com as metas da organização.

Com isso em mente, quero compartilhar com vocês um dado interessante sobre o uso de benefícios flexíveis para apoiar as iniciativas de Employer Branding, ou Marca do Empregador, que visam diretamente reduzir a rotação e aumentar o compromisso dos colaboradores, o que se traduz diretamente a um aumento de produtividade e redução de custos.

Os resultados preliminares do nosso Segundo Estudo Latino-americano de Employer Branding, mostram que 22% das empresas na região implementaram iniciativas de benefícios para melhorar sua marca, e 33% considera implementar uma nos próximos meses.

Isso é extremamente positivo, e a meu ver: quer dizer que as empresas latino-americanas estão pensando de forma mais estratégica frente aos desafios atuais da região, caracterizada por uma economia fragilizada, alta mobilidade profissional, colaboradores diversificados, de gerações diferentes e sob uma pressão crescente para aumentar a produtividade.


Para ter sucesso e apoiar as necessidades do negócio, um programa de benefícios flexíveis deve pesquisar antes o que os colaboradores querem, para assim poder se concentrar nas necessidades e desejos que se alinham com as metas de negócio da organização.


Pode existir a percepção de que os benefícios são um mero agregado ao pacote salarial dos colaboradores, mas os diretores de Recursos Humanos não podem subestimar seu impacto no negócio e na relação empresa-colaborador. Especialmente quando, 36% das empresas têm dificuldades para reter talento em todos os níveis da organização, ou considerando que 59% dos colaboradores tendem a aceitar um salário menor em troca de melhores benefícios.

Segundo a consultoria Modis, a flexibilidade é o benefício mais demandando além da remuneração financeira, e de acordo com a NGAhr, os benefícios agregam 42% de valor na percepção da remuneração de um colaborador, mas somente 9% deles aproveitam a oportunidade de fidelização oferecida por um programa de benefícios flexíveis.

É importante entender que os benefícios não é um tipo de panacéia, e sim parte de um conjunto de medidas que Recursos Humanos pode aplicar para ajudar a alcançar as metas de negócios da organização. Portanto, não podem estar isolados de outras iniciativas estratégicas, como as oportunidades de desenvolvimento profissional, um bom clima de trabalho e um equilíbrio adequado entre vida e trabalho.

Focar em um programa flexível de benefícios harmonizando as necessidades dos colaboradores com os objetivos de negócio é o ponto de partida. E se estes também pedem mais, como disse Fernanda Manuel, você saberá que está indo por um bom caminho. Se você tem tudo isso no seu checklist, o impacto positivo do programa no desempenho do negócio está quase garantido.

New Call-to-action

Daniel Bogomoltz
Escrito por Daniel Bogomoltz

Country Manager, GOintegro Brasil

Nueva llamada a la acción

INSCREVA-SE PARA RECEBER CONTEÚDO EXCLUSIVO DO NOSSO BLOG