Social, móvel, análise de dados e flexibilidade são alguns dos componentes do Santo Graal que atualmente define o investimento em tecnologia para Recursos Humanos. Em resumo, um impulso poderoso rumo à digitalização total da área, uma tendência que está se tornando cada vez mais palpável na América Latina.
Neste contexto, as redes sociais internas ou corporativas são o ator principal nessa transição. E não sou eu que estou dizendo, e sim o explosivo crescimento dessa indústria:
MarketsandMarkets prevê que esse mercado crescerá de USD4,8 bilhões em 2014 a USD8 bilhões em 2019.
Frost & Sullivan prevê que em nível mundial 535 milhões de colaboradores usarão redes sociais internas em 2018, em relação a 208 milhões em 2013.
Em um estudo global sobre as tendências da indústria das redes sociais internas, América Latina é a terceira região de maior crescimento no mundo, logo após Ásia-Pacífico e Europa (com uma expansão prevista de 29% até 2020).
Apesar das cifras astronômicas, faço essa introdução porque qualquer empresa, sem importar o tamanho, pode se atualizar investindo em tecnologias sociais, fundamentalmente por duas razões:
Atualizar ferramentas tecnológicas hoje é mais barato
Muitas empresas estão chegando em uma encruzilhada: seus sistemas de TI estão ficando desatualizados, geram custos importantes e já não se alinham com as necessidades do negócio. Ao mesmo tempo, as novas gerações esperam sistemas intuitivos e interfaces mais modernas que os sistemas antigos não suportam. Segundo nosso estudo Latino-Americano sobre tecnologia para Recursos Humanos, as empresas na região estão entrando na era da digitalização do RH, já que somente 29% delas estão há mais de dois anos sem atualizar suas ferramentas tecnológicas, e 14% não as renova há mais de cinco.
Modernizar ou substituir diretamente estas ferramentas é muito mais econômico do que há cinco anos atrás. A sofisticação e flexibilidade dos serviços na cloud chegou a tal nível que é possível instalar e experimentar um aplicativo sem afetar os sistemas existentes da empresa, e sem custo. Isso significa que, com um pouco de pesquisa e teste, Recursos Humanos pode saltar facilmente várias gerações de tecnologia com um impacto mínimo, tanto do ponto de vista operacional e financeiro como da perspectiva de gestão da mudança.
Não há como escapar dos aplicativos móveis
Em seu relatório da M-Commerce (Mobile Commerce) na América Latina, a Mashable destaca que em 2015 o número de usuários que se conectam à internet a partir do seu dispositivo móvel cresceu mais de 200% na Argentina, Brasil e Colômbia. Deste modo, a ADP Research Institute indica que os colaboradores estão 60% mais propensos a acessar informações de trabalho a partir de um aplicativo móvel de RH, do que através de um laptop ou computador.
Hoje em dia a tecnologia é mobile-first (pensada primeiro para dispositivos móveis) e não somente por uma questão de imediatismo, mas principalmente pelo alcance ou expectativas já existentes no mesmo mercado de trabalho. Os colaboradores estão cada vez mais diversificados e não se interessam com formatos pouco personalizados. Isso acrescenta uma camada extra na complexidade dos negócios e na gestão de Recursos Humanos, já que os executivos precisam encontrar novas formas de se comunicar com os colaboradores, o que é possível alcançar facilmente ao implementar uma estratégia móvel.
Não importa o seu tamanho, nicho de mercado, ou modelo de negócio, cedo ou tarde todas as empresas enfrentarão a necessidade de modernizar suas ferramentas de Recursos Humanos. A questão é investir em tecnologias apropriadas para as metas do negócio, as expectativas dos colaboradores e as necessidades da área.
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