Futuras Tecnologias do Engajamento do Colaborador: RIP Email

por Daniel Bogomoltz
7 min de leitura.


Estamos no início de um salto quântico sobre o uso de e-mail no negócio e o valor da tecnologia para gerenciar o engajamento do colaborador.

Por isso vou ser ousado e categórico: o nosso querido e desvalorizado e-mail irá desaparecer lenta e definitivamente das empresas. Não sei exatamente quando, mas ouso dizer que estamos testemunhando o começo do fim.

Não sou o único nem o primeiro a dizer isso. Foi a COO do Facebook, Sheryl Sandberg, que jogou a idéia no debate público em 2010 quando disse que "o e-mail, provavelmente, irá a desaparecer". Muitos dirão que a sua avaliação é discutível, mas ao mesmo tempo estamos vendo evidências que apontam nessa direção.

Por exemplo, já em 2011 ComScore observou que o uso do e-mail para os usuários entre 25 e 35 havia caído 18% e entre os adolescentes e quase 60%.

O que acontece nas empresas? De acordo com alguns estudos, apenas 15% dos e-mails internos são úteis, o resto não acrescenta valor à organização.

Assim, em 2011, a empresa de tecnologia Atos decidiu eliminar o e-mail. Acabei de pesquisar no Google e em julho de 2015, ou seja, pouco mais de um ano e meio, Harvard Business Review informou que reduziu os e-mails um 64%. .Outro caso semelhante é a agência de publicidade Australiana Atomic 212, que eliminou completamente o e-mail.

Pessoalmente, acho que o e-mail frente aos programas de engajamento do Colaborador ao longo dos próximos 5 a 10 anos ficará obsoleto, como Edelman explicou em um artigo cujos principais pontos destaco aqui:

 As empresas devem assumir que os seus conteúdos internos chegam pelas redes sociais, onde serão observados de perto pelos seus colegas e potenciais candidatos. Portanto, é crucial incentivar o compromisso de promover a cultura da organização, tanto dentro como fora desta.

 As mensagens corporativas serão mais curtas e mais fáceis de digerir, com base em imagens, computação gráfica e vídeo. Quanto mais fácil para criá-los mais fácil será sua produção e distribuição e isso faz com que seja mais rápida.

 A gestão de engajamento dos colaboradores está evoluindo de um sistema centralizado para um de "repórteres corporativos" que irão participar ativamente na criação e distribuição de conteúdo para o seus pares.

 Veremos o surgimento de "ações de guerrilha" com o objetivo de surpreender e deleitar os colaboradores. Esta abordagem será a chave para se destacar em meio ao excesso de informações.

 Os futuros programas de engajamento do colaborador aproveitarão estrategicamente aos colaboradores diretamente relacionados com clientes e usuários finais, de modo a recolher informações (feedback) e reações em tempo real. Esta é uma função altamente sensível que não é aconselhável deixar aos colaboradores com baixos níveis de compromisso.

 Para acelerar as mudanças na cultura interna, Recursos Humanos deve segmentar suas mensagens quase que a nível microgrupos para mobilizar os colaboradores mais críticos a um projeto particular.

Fica claro que o correio eletrônico, ou email, não está à altura desses desafios. Existem tecnologias de comunicação interna que oferecem mais valor em termos de criar uma conversação cruzada (cross-talk) ou interagir em tempo real, como Whatsapp, redes sociais internas, videoconferência, etc.

Embora o e-mail ainda tenha um lugar no mix de tecnologias de engajamento de colaboradores, a sua rigidez irá significar ser deslocado por tecnologias mais adequadas às necessidades das pessoas e organizações.

O fax teve uma vida mais curta do que terá o e-mail, mas acabou morrendo. Por enquanto o e-mail está procurando maneiras de coexistir com outras formas de comunicação interna, mas o fim está se aproximando. Mas não lamentemos a sua partida. Comemoremos tudo o que nos deu e abracemos o futuro do engajamento dos colaboradores.

 

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Daniel Bogomoltz
Escrito por Daniel Bogomoltz

Country Manager, GOintegro Brasil

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