Millennials e Centennials: quais suas necessidades e como atendê-las

por Daniel Bogomoltz
8 min de leitura.

Hoje, Millennials e Centennials representam metade da população do mundo e, consequentemente, a maior proporção da força de trabalho global. E com isso leva a que essa geração esteja na mira da imprensa, dos economistas e, agora também, do Recursos Humanos.

A geração milenar entrou no mercado de trabalho na época da recessão de 2007 a 2009, tornando-se assim uma geração menos acomodada e mais endividada, com renda mais baixa e menos riqueza do que as gerações anteriores. Porém, qual a diferença dessa geração para os Centennials? Baseando-se em pesquisas como o estudo global da geração Y da Deloitte (The Global Millennial Survey 2019), dados muito interessantes podem ser levados em conta.

Primeiro, o otimismo econômico e sócio-político dos Millennials e Centennials está entre os mais baixos já registrados. Apenas 26% dos entrevistados esperam que as condições econômicas de seus países se recuperem no próximo ano, em comparação com 45% no ano anterior. Além disso, as gerações mais jovens não acreditam em instituições religiosas, nem na imprensa, e se sentem pessimistas em relação ao progresso social.

Por outro lado eles não estão satisfeitos com sua situação financeira, nem com seus empregos, com os líderes políticos e empresariais. No estudo, observa-se que essa insatisfação também se aplica ao uso das redes sociais. Ainda que 61% se sintam bem em usá-las, 64% disseram que teriam maior saúde física se reduzissem o uso, e 41% desejam parar de usar completamente.

E por falar em tecnologia, a geração nativa digital é cética quando se trata de segurança cibernética. 69% deles temem ser vítimas de fraude on-line e 78% estão preocupados com a forma como as organizações compartilham seus dados pessoais. De fato, um quarto da geração Y diz que cortou o relacionamento com algum serviço devido à incapacidade das empresas de proteger seus dados.

Quando se trata de avaliar organizações, os Millennials e os Centennials são ainda mais rigorosos e céticos. A avaliação positiva do mundo dos negócios continua em declínio: apenas 55% dos entrevistados acreditam que as empresas têm um impacto positivo na sociedade, em comparação com 61% em 2018.

Paralelo a isso, o employee engagement continua sendo um fator preocupante: quase 50% dos millenials dizem que, se tivessem a opção, deixariam o emprego atual nos próximos dois anos. Por isso vemos a crescente importância e disseminação das práticas de Employee Experience sobre as quais falamos inúmeras vezes. O estudo da Deloitte mais uma vez provou que os Millennials valorizam as experiências mais do que qualquer outra coisa. Por exemplo, ao qualificar suas prioridades e aspirações, 57% responderam que gostariam de viajar e explorar o mundo, deixando em segundo lugar um salário alto ou um imóvel próprio.

As pesquisas mostram que Millennials e Centennials esperam que as organizações:

  • Resolvam questões sociais, especialmente aquelas que impactam diretamente em seu dia a dia.

  • Tenham líderes que sirvam como verdadeiros agentes de mudança.

  • Mantenham um diálogo aberto e escutem as suas preocupações e ambições, e que essas sejam realmente levadas em conta.

  • Ajudem a prepará-los para o futuro, fornecendo capacitação e ferramentas que ajudem em seu desenvolvimento pessoal e profissional.

Alguns podem dizer que não há muitas diferenças em relação às gerações passadas. As necessidades humanas de diálogo, de reconhecimento e de impacto são similares. A diferença é que, nos últimos anos, houve um aumento da desconfiança com os líderes, tanto na esfera pública quanto na privada. Cabe aos líderes das organizações cuidar e moldar a cultura organizacional, especialmente nas organizações mais jovens que ainda estão em fase de formação. Estas são algumas maneiras de influenciar a cultura para obter essas melhorias:

  • Encontrar um equilíbrio entre a busca de rentabilidade, o cuidado com o meio-ambiente e o compromisso com os problemas da sociedade.

  • Criar uma cultura que promova a diversidade, a inclusão e a mobilidade social.

  • Educar e treinar funcionários para incentivar comportamentos e atitudes que apóiem as prioridades da organização.

  • Colaborar com outras empresas, governos e instituições para fomentar o aprendizado e permitir que as pessoas tenham acesso a treinamentos para prepararem-se para às futuras necessidades de competências.

  • Tomar a iniciativa de proteger suas operações e dados contra ameaças físicas e digitais.

  • Promover a integração entre a vida pessoal e profissional, permitindo flexibilidade, a autogestão, e o balanço para alcançar seus projetos pessoais.

  • Demonstrar interna e externamente o que estão fazendo para tornar o mundo um lugar melhor.

Estas iniciativas são especialmente importantes quando consideramos a tendência na América Latina de incluir e integrar cada vez mais os Millennials e Centennials no mercado de trabalho. O Governo brasileiro, por exemplo, anunciou em 11 de novembro de 2019 o Programa Verde-Amarelo, iniciativa que beneficia a jovens de 18 a 29 anos que não hajam trabalhado com contrato formal previamente. Se você precisar de mais inspiração e quiser ver um exemplo concreto de como incluir as gerações mais jovens em um programa de sucesso, descarregue aqui o caso de sucesso das Lojas Loungerie

 

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Daniel Bogomoltz
Escrito por Daniel Bogomoltz

Country Manager, GOintegro Brasil

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