[Opinião] HR Influencers: Quais os impactos da flexibilidade laboral?

Uma das tendências que mais tiveram destaque no mercado de trabalho nos últimos tempos é, sem dúvida, a flexibilidade do trabalho. Dentro dessa situação, as políticas tradicionais abrem caminho para a flexibilidade de horários, redução da carga horária e a concessão de permissões no âmbito jurídico, facilitando assim uma maior conciliação com os outros fatores da vida dos colaboradores.

Já que os trabalhadores não os mesmos de antes e possuem diferentes necessidades, esse conceito se adapta perfeitamente às suas demandas. A pesquisa do IWG mostra que 83% das pessoas preferem um trabalho que ofereça horários flexíveis e, quase um terço (28%), valoriza poder escolher o local onde trabalhar no dia-a-dia ao invés de um aumento nos dias de férias.

Por outro lado, as empresas que apostam na melhora da experiência de seus funcionários por meio de ofertas flexíveis estão percebendo aumento na produtividade; redução de despesas devido a diminuição do custo de mobilidade geográfica; diminuição do absenteísmo no trabalho e na rotatividade voluntária, o que impede a fuga de talentos para o concorrente ou para outras empresas.

No entanto, como em qualquer mudança, há aspectos positivos e negativos a serem considerados, principalmente nos países latino-americanos que não estão acostumados a esse tipo de trabalho.

Para analisar essa situação com dados tangíveis, pedimos novamente aos #HRInfluencersLatAm2019 sua opinião sobre o assunto. Abaixo estão algumas das principais respostas.

"No Chile, vida e trabalho são sinônimos. Como resultado da função extrativa de nossa produção, um número importante de organizações possuem uma visão do século XIX sobre o progresso da atual relação de trabalho. Isso coloca o Chile como um dos países onde mais tempo se permanece nas instalações, em relação a hora/homem. Por isso, o maior equilíbrio profissional-pessoal passa a contribuir para equilibrar o relacionamento entre empresa e funcionário ".

"É importante trabalhar na flexibilidade da mão-de-obra, mas, na minha opinião, em vez de pensar na distribuição de horas, o trabalho deve ser internalizado e praticado mais por objetivos ou por projeto, o que naturalmente gera maior flexibilidade e possibilita a realização de trabalhos de qualquer lugar, alcançando um maior equilíbrio trabalho-pessoal ".

"A flexibilidade nas estruturas horárias permitem políticas específicas para os processos e serviços de cada empresa (...). Os períodos mínimos de descanso devem ser mantidos entre as jornadas por questões de saúde e segurança industrial".

"Muitas empresas que possuem grande quantidade de pessoas (mão-de-obra), terão que fazer ajustes em seus modelos para atender às exigências comerciais. O custo mais alto ou refletirá no preço assumido pelo mercado ou gerará aumento da precariedade do emprego”.

"A forma e a quantidade de horas que trabalhamos são uma convenção de um momento da evolução das sociedades que não condiz com às expectativas dos novos tempos. Vivemos para trabalhar. Precisamos mudá-lo para trabalhar para viver ".

"O teletrabalho é uma realidade e nos permite criar um verdadeiro equilíbrio entre trabalho-vida".

"Na medida em que as empresas e pessoas têm alternativas para chegar a um acordo sobre algumas condições produtivas, obviamente, os dias serão mais produtivos. Existem muitas empresas que hoje fazem acordos para escolhas produtivas ilegalmente e disfarçam horas adicionais com bônus produtivos".

"Quanto aos funcionários, (a flexibilidade) obviamente contribui para um melhor equilíbrio entre trabalho e vida pessoal. No entanto, a adaptação aos novos padrões é essencial para a sobrevivência das empresas, e uma nova lei de jornada laborai não deveria mudar a produtividade se a empresa souber definir metas claras e organizar suas equipes ".

"A autogestão do tempo de trabalho, bem como o desenvolvimento de habilidades, promove a qualidade de vida e um melhor comprometimento com os negócios da empresa".

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