[Resultado Pesquisa] O benefício mais importante para os colaboradores no “novo normal”

por José Guerra
11 min de leitura.

A crise que estamos enfrentando tem exigido que todas as organizações, independentemente de seu tamanho ou categoria, encontrem alternativas para seguir operando. Ao mesmo tempo, é importante que elas sejam capazes de abordar as preocupações de seus colaboradores em relação à sua saúde, ao equilíbrio entre o trabalho remoto e as demandas familiares, a todas as dificuldades geradas pelo isolamento social e à incerteza sobre o futuro.

Para identificar as estratégias de bem-estar que as organizações estão planejando diante do novo normal que está surgindo, a GOintegro lançou uma breve pesquisa intitulada “O bem-estar dos colaboradores na era pós-COVID”, que contou com a participação de mais de 400 profissionais de Recursos Humanos e de outras áreas da América Latina.

Em primeiro lugar, queríamos saber que tipos de benefícios serão mais desejados no restante do ano, considerando que o COVID-19 mudou nossos comportamentos e, portanto, nossos interesses e necessidades.

Na opinião dos participantes, a assistência psicológica será o benefício mais desejado, com 67% das respostas, revelando que a saúde mental dos colaboradores deve ser tratada como prioridade pelas organizações.

A seguir, se destacam os benefícios relacionados ao tempo livre, como exercícios físicos, esportes, meditação, ioga, entre outros, com 66%, consolidando esse olhar mais abrangente para o bem-estar dos colaboradores, em que as atividades não relacionadas ao trabalho desempenham um papel importante e serão estimuladas pelas organizações através de sua oferta de benefícios. Os serviços médicos ou de telemedicina também merecem destaque, com 62%, além da assistência para finanças pessoais, mencionada por mais da metade dos respondentes (57%) como um benefício que será bastante desejado.

Na pesquisa, também solicitamos aos profissionais que nos indicassem como planejam gerenciar alguns dos benefícios mais comuns nas empresas, indicando se permanecerão os mesmos, se deixarão de ser concedidos ou se sofrerão modificações.

Seguro de vida (68%) e serviços de saúde (60%) são aqueles que continuarão disponíveis para a maioria dos colaboradores que já os recebiam, sem grandes alterações.

Se nos enfocamos nos benefícios que permanecerão, mas com modificações, observamos que as respostas estão concentradas em educação e desenvolvimento, com 30%. Isso pode indicar uma tendência para os programas online, como uma maneira de manter o máximo possível o desenvolvimento dos colaboradores a curto prazo. Além disso, se trata da categoria com o maior índice de suspensão até novo aviso.

Com relação aos benefícios que as organizações planejam incorporar à sua oferta atual, a assistência psicológica se destaca novamente, com 21%, indicando claramente que o impacto emocional da contingência é uma realidade e, portanto, é decisivo oferecer apoio aos colaboradores, para que possam lidar da melhor maneira possível com todas as mudanças que estamos passando e com o sentimento de incerteza que, provavelmente, ainda vai perdurar.

Entre o público que participou do estudo, 65% dos entrevistados exercem um papel de liderança em RH. Outros 21% atuam como analistas ou generalistas e 14% dos profissionais que participaram da pesquisa não atuam diretamente em Recursos Humanos.

Os participantes também compartilharam alguns comentários sobre as lições aprendidas com a contingência no que diz respeito ao bem-estar dos colaboradores, e como esses aprendizados vão moldar o futuro das organizações pós-pandemia.

A grande maioria dos profissionais concorda que todos fomos capazes de aprender que as pessoas devem estar no centro das decisões, que o trabalho remoto está se consolidando como uma alternativa eficiente e que cuidar dos colaboradores é um importante catalisador para seu compromisso. Confira alguns desses comentários:

“Você só pode esperar o comprometimento dos colaboradores quando o relacionamento for baseado em um interesse legítimo e cuidados recíprocos”

Javier Osorio
Diretor de Capital Humano, ION Financiera

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“Ao cuidar dos colaboradores com dedicação, em tempos difíceis, eles capitalizam esse cuidado aumentando seu compromisso. Vamos cuidar como se sempre houvesse uma crise: contato permanente, sondagem emocional, gerenciamento eficiente de recursos”

Gina Daza Zapateiro
Gerente de Cultura, Avianca

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“A empresa deve fornecer ambientes mais seguros aos seus colaboradores, na medida do possível. Acho que os benefícios relacionados à saúde serão os mais valorizados daqui em diante.”

Ángel Lozano Orozco
Diretor de Recursos Humanos, G4S México

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“O trabalho remoto afetará os tipos de benefícios que serão oferecidos aos colaboradores”

Thierry Guihard
CEO, Sodexo B&RS México

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“Considero que a sensibilidade dos líderes e colaboradores em relação à integração do trabalho e da vida pessoal é mais perceptível: passamos de evitar ruídos ambientais para torná-los parte de nosso ambiente, como uma criança querendo fazer parte de uma videoconferência. Se nota que os colaboradores mais comprometidos estão obtendo resultados ainda melhores trabalhando remotamente, de modo que o teletrabalho foi um pouco desmistificado em relação a questões de produtividade. Os líderes estão mais conscientes da importância das emoções da equipe e das necessidades e responsabilidades no âmbito pessoal, considerando ou diminuindo os paradigmas de gênero e os novos papéis familiares”

Karina Montserrat Fiesco Ortiz
Gerente de Recursos Humanos, General Motors do México

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“A importância da comunicação constante, a responsabilidade e o compromisso de todos em direção a um objetivo comum”

Mallely Cruz
Gerente de Talento e Cultura, Chileno Bay Resort & Residences

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“Fortalecer o desenvolvimento tecnológico em todas as áreas da empresa e a comunicação remota”

Claudia Medina
Chefe de Desenvolvimento de Pessoas, Grupo Inexoos

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“Embora a empresa tenha seu programa de bem-estar estabelecido e acessível, nem todos o utilizam. Com essa situação, aprendemos a valorizar a comunicação e a confirmação de que a mensagem que queremos transmitir realmente foi recebida e é aproveitada”

Elka Stanziola
Senior Advisor Benefits, Dell Technologies

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“Em primeiro, segundo e terceiro lugar: o colaborador. Isso gera comprometimento, autogestão e motivação”

Mónica Jaramillo
Gerente de Marketing e Vendas, Suites 101 Park House

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Os resultados do estudo mostram que as organizações já sabem como desejam acompanhar seus colaboradores diante da nova e desafiadora normalidade que está por vir.

O foco será o bem-estar das pessoas em suas diferentes dimensões, mas principalmente o apoio emocional, por meio de programas de assistência psicológica e promoção de atividades relacionadas ao tempo livre. Além disso, alguns dos benefícios oferecidos atualmente terão que sofrer modificações, a fim de se ajustar melhor a essa nova era pós-contingência e permanecer relevantes para os colaboradores.

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José Guerra
Escrito por José Guerra

Chief Sales & Marketing Officer, GOintegro

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